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28/11/2021

No seguimento das várias notícias vindas a público que dão conta do início da 4ª vaga da pandemia, levando a restrições de viagens de e para o nosso país que surgiram nos últimos dias, bem como as que se prevê que venham a existir, vem relembrar o papel primordial que o turismo tem no nosso PIB.

As agências de viagens são o elo da cadeia de distribuição que mais valor partilha com os restantes players do sector.

Já se previa que o verão de 2021 ficaria aquém das expectativas traçadas, contudo longe estávamos de prever que, pudesse surgir uma 4ª vaga da pandemia e deitar por terra todo o nosso esforço de vendas, com cancelamentos massivos.

Com os casos nacionais a aumentar e vários países a colocar-nos nas listas vermelhas, impedindo assim as deslocações dos cidadãos Portugueses para esses destinos, bem como a vinda dos seus cidadãos para Portugal, não é possível fazermos o que melhor sabemos, que é Trabalhar e criar mais-valias para o nosso país.

Agora já é efetivamente claro para todos, o verão 2021 vai ser pior que 2020.

Estima-se que o pico da pandemia vai acontecer em plena época alta para o Turismo, desta forma, a última esperança de salvação do ano das agências de viagens foi claramente dissipada.

Face aos acontecimentos expostos acima, tem o Estado Português de utilizar as verbas do PRR de uma forma mais assertiva no apoio ao turismo e as agências de viagens mais concretamente.

Assim, achamos que as seguintes medidas são obrigatórias para o nosso setor e devem ser imediatas:

  1. Continuação da retoma com apoio de 100%, até Março de 2022
  2. Retoma e reforço do programa apoiar.pt, com subvenções a fundo perdido, conforme os valores de quebra de faturação comparativamente com o ano de 2019, com limites alargados para as agências de viagens, que devem ser comparadas aos bares e discotecas, pois embora abertos não temos produto para comercializar.
  3. Conversão dos financiamentos do Turismos de Portugal em Subvenção a fundo perdido
  4. Continuação do apoio aos MOE até pelo menos Março de 2022
  5. Prolongamento do Apoiar Rendas até pelo menos Março de 2022
  6. Prolongamento das moratórias de crédito até pelo menos Março de 2022
  7. Comparticipação nos custos dos testes PCR, obrigatórios para viagens fora da EU

(Relativamente aos testes PCR, gostaríamos de chamar a atenção que uma família de quatro pessoas, que se queira deslocar para fora da EU, terá um custo adicional de aproximadamente EUR 800,00, só em testes.)

Sabemos que é dada uma importância muito grande (e com razão) ao turismo estrangeiro em Portugal contudo, não nos podemos esquecer que quando os Turistas Portugueses se deslocam para outros países, estão também a ajudar a TAP, a Groundforce, as agências de viagens e outros payers do mercado Português.

O turismo é um todo, em que todas as deslocações de pessoas seja a visitarem o nosso país, ou dos Portugueses a visitarem outros países gera receita para o Estado e para as empresas Portuguesas.

 

São estas as medidas fundamentais para a futura retoma do setor do turismo Português e para a salvaguarda de milhares de postos de trabalho.

 

30 de Junho de 2021

ASGAVT

A Presidente.

Madalena Fernandes